Medina está fora da última etapa do mundial da categoria em Teahupoo, no Taiti, por não ter tomado a vacina contra a Covid-19
Um dos maiores representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio e bicampeão mundial de surfe, Gabriel Medina não irá participar da última etapa do mundial da categoria em Teahupoo, no Taiti. O anúncio foi feito em uma live nas redes sociais do atleta após também declarar que não está imunizado contra a Covid-19.
Durante a live, Medina revelou que atletas que não foram vacinados terão que realizar a quarentena de dez dias após a disputa da etapa no México. Esse isolamento não será possível, já que a janela de disputa nas águas mexicanas será de 10 a 19 de agosto, enquanto a de Teahupoo acontece entre os dias 24 deste mês e 3 de setembro.
“Eu não vou para Teahupoo porque não tomei a vacina, aí tem que fazer 10 dias de quarentena. Aí não dá tempo de ir do México para lá, porque é uma seguida da outra. Vou ser obrigado a não ir, sacanagem. Mas de boa. Eu posso descartar uma etapa, então está de boa”, disse Medina durante a live.
Porém, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) informou, por meio de nota, que disponibilizou vacinas para todos os atletas que disputaram os Jogos de Tóquio, a fim de optarem, ou não, para se imunizar. Medina, portanto, não se vacinou.
O surfista sofreu uma série de críticas de fãs e seguidores nas redes sociais após a declaração da COB. Mas nesta sexta-feira (6), pouco mais de um dia do ocorrido, Medina veio a público e se manifestou pelo ocorrido. Em seu Twitter, ele admitiu que foi um erro não ter ‘conseguido encaixar a imunização na agenda’. Confira:
— Gabriel Medina (@gabriel1medina) August 6, 2021
Entretanto, mesmo com a declaração do atleta, as críticas nas redes sociais seguem. Uma internauta ressaltou o perigo da contaminação de Covid-19 em resposta à publicação de Medina:
Não é sobre você e sua agenda. Você desrespeitou e colocou em risco a vida dos seus colegas e do povo japonês.
— Thais Pereira (@thaispereira) August 6, 2021
Decisão de Medina pode impactar patrocinadores
Embora os números de internação de pacientes diagnosticados com Covid-19 estejam em queda nos últimos dias, infectologistas alertam que a pandemia ainda é uma realidade, e que os protocolos devem ser seguidos, além de reforçar a importância da vacinação, responsável pela diminuição nos casos graves.
A decisão de Gabriel Medina em adiar a vacinação impacta uma série de problemáticas não apenas nos milhões de seguidores que acompanham o atleta e são influenciados por suas decisões – principalmente no momento vivido por todos os brasileiros – , mas no posicionamento das marcas que trabalham em parceria com o atleta.
Recentemente, Medina estrelou uma campanha para o Bradesco, no qual o surfista tinha um encontro com Poseidon, o deus dos mares na mitologia grega:
Outro tema polêmico que envolveu o surfista nos últimos meses foi o relacionamento dele com a modelo Yasmin Brunet. O COB vetou o credenciamento da modelo para os Jogos Olímpicos de Tóquio como técnica e justificou que autoriza que cada surfista leve um profissional da área técnica com experiência comprovada. Na época, Medina explicou que ‘queria levá-la como uma ajuda psicológica’.
O casal estrelou um filme para outra marca patrocinadora do atleta, a marca de cerveja Corona:
O surfista também é a aposta de marcas, como Espaçolaser e Wise Up Online, para embaixador. Segundo informou o Propmark, a Audi Brasil, outra empresa que apoia Medina, informou que não comenta as decisões pessoais do atleta, mas reforçou que é a favor de todas as medidas de combate à pandemia.