Três erros que as marcas cometeram em 2024 ao tentarem se conectar com a GenZ

*Luiz Menezes

Você já se perguntou o motivo das marcas ainda cometerem tantos erros em suas campanhas de marketing em pleno 2024? Se você consome ativamente alguma marca, é provável que sim. Existe uma série de fatores que podem levar ao mais variados tipos de erros, mas um dos problemas mais relevantes é não saber, e consequentemente não conhecer, o seu público-alvo.

Hoje em dia, é comum que para conseguir atingir públicos como a Geração Z – pessoas de 14 a 28 anos -, as marcas tentem ser jovens e adotem um estilo mais cool. Porém, o que não sabem, é que além de parecer algo forçado e estarem sendo vistas como cringe, estão se equivocando na tratativa e no discurso, o que não vai construir uma relação e pode gerar ainda mais distanciamento.

Como então se conectar de forma genuína com a GenZ sem provocar afastamento? O primeiro ponto é entender a importância de colocar essas pessoas no centro da tomada de decisão. Afinal, a Geração Z já tem uma voz, mas ainda precisa ser ouvida. Enquanto as marcas não aprenderem que precisam dar espaço para essas pessoas colaborarem e participarem ativamente, não teremos avanço nessa questão.

Além desse ponto, percebo também que muitas marcas não estão preocupadas com a jornada que estão trilhando para eventualmente se conectarem com esse público. Não adianta fazer uma ação, de repente, apenas para surfar no hype do momento ou querer se mostrar ‘cronicamente online’, e depois não dar continuidade para aquele storytelling, entregando um marketing que não agrega em nada.

Neste sentido, resolvi elencar aqui os três erros que as marcas cometeram em 2024 ao tentarem se conectar com a GenZ:

1. Uma marca não vira nativa digital só por usar memes: dados do InstitutoZ, primeiro especializado em estudos de comportamento e consumo da Geração Z, que é uma iniciativa da Trope (consultoria de Geração Z e Alpha da qual sou fundador), aponta que 4 em cada 10 pessoas da GenZ são influenciadas através dos memes a interagir com marcas. No entanto, 29% se sentem indiferentes ao uso de memes, mostrando certa hesitação.

2. Não é sobre a Geração Z ou os Millennials, mas sobre a intergeracionalidade como ponto de diversidade: as marcas gostam de promover certa rivalidade entre essas duas gerações, sendo que estão diretamente interligadas. O ideal é que promovessem uma colaboração. Precisamos de times intergeracionais que possam colaborar para uma construção muito mais assertiva.

3. Dificilmente uma marca vai conseguir atingir novos consumidores sem a GenZ ativamente no processo de criação da campanha: não adianta nada querer se conectar com a Geração Z sem colocá-los na mesa de tomada de decisão sobre o que deve ser feito, possibilitando com que sejam ouvidos de fato. Afinal, ter a presença dos nativos digitais é a oportunidade para que as marcas consigam mais conteúdos que conversam diretamente com esse público-alvo consumidor.

 

*Luiz Menezes é fundador da Trope, uma consultoria de geração Z e Alpha que ajuda marcas a rejuvenescerem suas estratégias de negócio através da creator economy. Aos 25 anos, Luiz é nativo digital, creator, apresentador, empresário e empreendedor. Presente no mercado e atuando na área de comunicação há 8 anos, o especialista acumula experiência em organização de eventos voltados à cultura pop e geek, prestação de serviços de marketing de influência e digital PR para grandes marcas, como Meta, Itaú, BRF, Mondelez, P&G, Oi, entre outras.

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