Agostinho Gaspar: “é preciso desejar fazer e ter fé naquilo que se pretende fazer“

Experiente e bem-sucedido, Agostinho Gaspar é jornalista, relações públicas e sociólogo, com atuação nacional e internacional reconhecida e aclamada. Após passagens pela TV e rádio Record e rádios Gazeta e Jovem Pan, em São Paulo, trabalhou também, na BBC, de Londres, e rádio Suécia, em Estocolmo.

Em empresas, esteve no Citibank, NEC, Monsanto e Ford Brasil. Foi, também, presidente da Ogilvy Relações Públicas no Brasil, acumulando, no mesmo período, o cargo de diretor-regional da Ogilvy PR para a América Latina.

Tantas realizações e conhecimento permitiram a Agostinho fundar a G&A Comunicação Corporativa em 1990. Acadêmico da Abramark, ele é o nosso convidado dessa semana a responder nossas cinco perguntas. Confira!

Abramark – Fale um pouco sobre a G&A e seus clientes atuais. Como a empresa fez para se manter atual e relevante em mais de 30 anos de atividades, com todas as mudanças que ocorreram no negócio da comunicação?

AG – A G&A continua com uma gama de clientes nacionais e internacionais desde seu início em 1989. Essa mescla é uma boa combinação de experiências desejáveis para um atendimento de excelência a todos os clientes.

As mudanças atuais na atividade aconteceram mundialmente, pois vivemos num mundo globalizado. Eles são fruto da experiência local na atuação das empresas nacionais e internacionais, enriquecendo o escopo das comunicações.

Abramark – As fake news e os chamados “fatos alternativos”, infelizmente, ganharam espaço em nosso dia. De uma forma ou de outra, todos recebemos esse tipo de bobagem diariamente. Você acha que órgãos públicos e a sociedade estão fazendo o que podem para combater essa prática? E nós, do “nosso lado”, o que devemos fazer?

AG – As fake news são um instrumento de comunicação que mostra o caráter de seus autores. São, geralmente, de mau gosto e destruidoras de imagem de produtos e pessoas. A primeira providência recomendável para quem deseja estar bem informado é concentrar a sua atenção em veículos de boa reputação e confiáveis.

Abramark – A comunicação corporativa está cada vez mais no centro do negócio, com o desafio permanente de engajar e agregar valor para as marcas, incluindo as necessidades do ESG e outros temas fundamentais para a sociedade como um todo. Na sua opinião, hoje é mais difícil ou mais fácil fazer comunicação corporativa — menos pela tecnologia disponível e mais pelos temas e valores implícitos e explícitos que precisam ser trabalhados?

AG – Com a imensa variedade de recursos e meios de comunicação originados da tecnologia atual, aquela paixão desenfreada de aparecer na mídia impressa foi saciada por outros canais alternativos. A comunicação empresarial ficou mais complexa e, ao mesmo tempo, mais rica. O foco agora é pela comunicação integrada no sentido de fortalecer o posicionamento de produtos e a imagem de seus representantes. Aparecer na televisão aberta ou a cabo é apenas parte do escopo de comunicação.

Abramark – Contar boas histórias é a base da comunicação desde sempre. Acha que as marcas brasileiras têm valorizado isso e contado histórias inspiradoras, mesmo em dias difíceis? Tem algum exemplo de um cliente da G&A que queira compartilhar conosco?

AG – Há inúmeras histórias boas, mas, de modo geral, elas pertencem aos clientes. Generalizando, as histórias boas são, definitivamente, fruto da boa harmonia, suor e dedicação dos profissionais da agência e dos executivos e pessoal de comunicação dos clientes.

Mas me lembro também de inúmeros exemplos de insatisfação do cliente, digamos, da falta de compreensão sobre como funcionam as coisas. Uma vez um cliente, em momento de transição interna, resolveu que estava na hora de voltar a se comunicar. Marcamos uma entrevista para ele com um jornalista respeitado. No dia seguinte saiu uma baita e ótima matéria no Estadão. Para enriquecer a matéria, o jornalista fez um box com problemas vividos pelo cliente no passado recente. O telefone tocou. Era o presidente da empresa que sem maiores delongas disse: não gostei da matéria, vocês estão dispensados!

Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para estudantes e novos(as) profissionais de relações públicas e comunicação que desejam prosperar, crescer e deixar um legado?

AG – Como em toda profissão, é preciso desejar fazer e ter fé naquilo que se pretende fazer. São duas coisas diferentes, mas complementares.

Desejar ser um bom profissional é uma coisa. Para ser um bom profissional, você precisa ter fé no que vai fazer. E como alcançar essa conjunção? Eis alguns pontos: foco, atenção, dedicação e uma dose controlada de ambição.

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