Nós e nosso adorado mestre PETER DRUCKER conversando e refletindo sobre a vida e os negócios. Num de seus momentos sublimes e monumentais o mestre tratou da única moeda dos dias em que vivemos.
A moeda do conhecimento. Muitos continuam organizando a evolução nas últimas décadas sob a ótica da tal da revolução industrial. 1,2,3 e 4… No entendimento do mestre, com o que concordo integralmente, só existiu uma revolução industrial.
A primeira e única, e que deixou de ser industrial a partir do momento em que um ser humano agregou conhecimento e fez com que uma mesma planta industrial olhada sob um novo viés, e aditivada com o conhecimento humano, essa mesma planta, ao invés de 2, passasse a produzir 4, ao invés de precisar de 1 hora, passou a despender meia, e assim sucessivamente.
Sem comprar nenhuma máquina a mais, sem agregar um único operário. Apenas vendo e fazendo de uma nova e melhor maneira, e utilizando os mesmos recursos. Agregar conhecimento, o asset do ser humano, é o que fez e continuará fazendo a diferença.
No início dos anos 1960, numa aula de Administração da Graduate Business School da New York University, DRUCKER foi questionado por um aluno se poderia dizer o que de verdade era a tal sociedade do conhecimento a quem ele dedicara a terceira e maior parte de seu antológico livro de 1968, UMA ERA DE DESCONTINUIDADES.
O MESTRE respondeu, “No passado, não falávamos de um homem ou de uma mulher de conhecimento; falávamos de uma pessoa educada. As pessoas educadas eram generalistas. Sabiam o suficiente para falar ou escrever sobre muitas coisas. Mas não o suficiente para fazer o que quer que fosse.
Como nos ensinava um velho ditado, todos querem uma pessoa educada para o jantar mas jamais ficar com essa pessoa numa ilha deserta onde tudo o que se precisa é de pessoas que saibam fazer.
Assim, conhecimento, hoje, é tudo aquilo que se prova em ação. Conhecimento é informação eficaz em ação, e comprometida e focada nos resultados…”
E fez-se o silêncio. E os demais alunos passaram o restante da aula refletindo sobre a importância do que acabavam de ouvir. Depois de alguns minutos, que pareceram horas, o aluno que perguntou,
sussurrou, ”obrigado, mestre”.
Amanhã temos um novo encontro marcado com nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. Até lá!