Um daqueles raros casos de liderança de sucesso dos “dois lados de balcão”, Orlando Marques tem construído uma carreira incrível na comunicação brasileira.
Sempre com excelentes resultados, Orlando atuou nas áreas comerciais da Editoria Abril, Estadão, TV Bandeirantes, Editora Globo, TV Globo, entre outros. Tanta experiência e realizações permitiram que presidisse a Publicis no Brasil, e que exercesse o cargo de chairman da Kantar Ibope Media. Durante mais de cinco anos, também encarou um desafio associativo frente à Abap – Associação Brasileira de Agências de Publicidade.
Hoje atuando como consultor de empresas, e integrante do board da plataforma Boutique Pool, Orlando Marques, mais um homenageado pelo Hall da Fama da Abramark, emprestou um pouco de seu conhecimento e visão nas respostas de nossas cinco perguntas dessa semana.
Abramark – Sabemos que tem atuado como consultor em importantes empresas. Como tem sido esse momento da carreira?
OM – Tem sido muito gratificante usar minha experiência acumulada dando consultoria a algumas empresas. Levei um certo tempo para me acostumar com as grandes diferenças entre as funções executivas e as de consultoria. Mas hoje me sinto muito à vontade fazendo isso.
Abramark – O mercado da publicidade historicamente sempre teve líderes muito respeitados pelos anunciantes. Em seu entendimento, qual o perfil que os novos líderes devem ter?
OM – Para ser líder de determinada categoria empresarial é imperativo ir além da simples experiência técnica. É preciso ter valores maiores que as qualificações técnicas no exercício da atividade. Há que se ter compromissos com o lado social, ético e até ambiental. Respeitar é o melhor jeito de se fazer respeitado. E é fundamental ter o olhar além do seu próprio negócio. Os grandes líderes são aqueles que lutam pelos seus negócios, mas conseguem ver mais do que a sua fatia do próprio bolo para ajudar a crescer o bolo todo.
Abramark – Depois do boom das mídias digitais e da digitalização do negócio da publicidade, hoje vemos um movimento novo, onde algumas das bigtechs e muitas startups são grandes anunciantes nos meios tradicionais. Como você vê isso? É uma tendência? Em seu entendimento haverá um equilíbrio entre digital e tradicional ou o digital seguirá crescendo?
OM – As bigtechs usam os meios tradicionais porque conhecem bem seus valores e usam desses meios suas melhores características. A tendência cada vez mais é a combinação de diversos meios e suas respectivas forças.
Abramark – Você acha o setor de mídia do Brasil atrativo para grandes investidores internacionais? Ainda há espaços para avanço, crescimento, seja em formatos tradicionais ou mais inovadores?
OM – Sim, acho que o setor de mídia no Brasil ainda é atrativo para qualquer tipo de investidor. As empresas nacionais de mídia sempre estiveram nas mãos de famílias e agora passam por um profundo processo de profissionalização que vai levá-las a um novo patamar. A dinâmica dessa profissionalização vai criar necessariamente novos formatos e vai descobrir formatos mais criativos e mais inteligente no uso das mídias.
Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para os estudantes e novos profissionais de marketing e comunicação que desejam prosperar, crescer no mercado e deixar um legado?
OM – Aconselho a que insistam nos valores da profissão que escolheram. Persistam nessa trilha e resistam às tentações do mais fácil, do mais rápido e do mais cômodo. E que exerçam diariamente a solidariedade e o respeito aos valores humanitários. Que saibam ser parceiros e busquem parceiros e apoiadores que tenham os mesmos valores. Que acreditem piamente que juntos e em equipe somos melhores e mais capazes…
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