Empresa avança no exterior e amplia linha de produtos com a perspectiva de alcançar receita de R＄ 500 milhões em cinco anos

A Desinchá, marca de produtos voltados à saúde e bem-estar, planeja alcançar receita de R＄ 500 milhões nos próximos cinco anos, o que representa um aumento de 400% em relação a 2023. No planejamento inicial, esse valor só seria alcançado em 2032. A aceleração é resultado da entrada de um novo sócio no negócio, a Moriah Asset, empresa de investimento brasileiro com foco em mercados de saúde e bem-estar, que vai investir um total de R＄ 45 milhões na marca. A maior parte do recurso será usada na ampliação das linhas de produtos para acelerar a expansão nos Estados Unidos e na Europa.

No último ano, a Desinchá passou por um processo de reestruturação estratégica de seu portfólio de produtos e marcas. O resultado foi a criação da Super Nutrition, focada nos segmentos de suplementação e alimentos funcionais. A nova marca conta com uma linha completa de Supercafés funcionais que combinam sabor com ingredientes que aumentam a performance física e cognitiva. A Super Nutrition apresenta também uma linha completa de cápsulas, colágenos e gummies funcionais com ingredientes como melatonina, creatina e laranja moro. Para este ano, o planejamento é lançar produtos em novos segmentos como snacks e bebidas proteicas.

Em paralelo à ampliação das marcas e mercados de atuação, a Desinchá também está expandindo sua linha de chás. Em 2023, a marca lançou uma linha completa de chás de 10 sachês com uma grande variedade de sabores. Além disso, estreou no segmento de bebidas prontas para tomar com o Supermate, um chá mate levemente gaseificado, sem adição de açúcares e com 53,8mg de cafeína. A bebida serve como substituto natural e saudável para refrigerantes e energéticos. No segmento de líquidos, o plano da empresa é lançar uma linha completa de chás, dos mais diversos sabores, em 2024. “Queremos expandir a linha de chás de 35 produtos para cerca de 80 até o final do ano”, afirma Vanzak.

“A Desinchá é uma empresa na qual identificamos imenso potencial, totalmente alinhada à nossa tese de investimentos. É inovadora, tem um corpo gestor extremamente competente e ambição para crescer rápido e ganhar escala”, afirma Fabiano Zettel, CEO da Moriah.

Na visão de Eduardo Vanzak, sócio-fundador da Desinchá, o capital financeiro não é o único, nem o principal ativo oferecido pelo novo sócio. “Além de todo o know-how da equipe da Moriah no mercado, da experiência e da visão de negócios, a provocação que eles sempre nos fazem é como pensar além. Como podemos fazer algo maior e mais rápido. Essa pergunta, por si só, faz a gente sonhar grande, pois muitas vezes você está no dia a dia do seu negócio e fica imerso naquele ambiente, muito no operacional”, diz Vanzak.

Este ano também deverá marcar uma forte investida da empresa na internacionalização. O principal foco do movimento são os Estados Unidos, onde a Desinchá colocou um pé há alguns anos para testar o mercado. Para competir de fato, os sócios avaliaram que seria preciso que um deles se estabelecesse no país para tirar a estratégia do papel. Quem assumiu a nova frente foi Vanzak, que desde o final de 2022 mora em Miami.

Desde então, a empresa está estruturando a expansão, traduzindo e adaptando embalagens e adequando produtos à regulamentação local. Com o lançamento das novas linhas, previsto para o início deste ano, a Desinchá estenderá seu portfólio local de oito para mais de 70 produtos. “Avaliamos que valeria a pena investir e agora estamos concentrando toda a nossa energia para fazer dar certo, pois no exterior a briga é com as maiores marcas do mundo e demanda uma dedicação exclusiva”, comenta Vanzak.

O executivo ressalta que com a investida, a expectativa é que, em três anos, os Estados Unidos representem 30% do negócio. Isso deve significar, com o crescimento da empresa também no Brasil e em outros mercados, um faturamento anual de US＄ 20 milhões.

Outro foco de expansão internacional é a União Europeia. De acordo com Vanzak, a empresa entrou em Portugal há cerca de três anos em parceria com um distribuidor local e acabou se estabelecendo rapidamente como uma das principais marcas do país. “Agora, o plano é ampliar a linha de produtos e repetir o feito na Espanha. Estamos fazendo o caminho inverso e vendendo chás na Europa, um continente com muito mais tradição na bebida do que o Brasil. É um atestado de qualidade muito importante para nós”, comemora o empresário.

Segundo ele, o mercado europeu hoje representa cerca de 8% da receita e pode chegar até 10%. A presença no mercado europeu também é extremamente importante em termos de imagem para a marca. “Estamos construindo nosso nome e presença de mercado aos poucos”, diz Vanzak. Além de Estados Unidos e Europa, a empresa já está em vários países da América Latina e em países como Japão, Austrália e Canadá.

No Brasil, o empresário acredita que a Desinchá esteja pronta para a expansão. Ao longo do período da pandemia, a empresa o