Startup brasileira propõe a reinvenção da relação entre pessoas e cidades com produtos e serviços

A MCities surgiu a partir de um problema real de um homem público sobre o falta de interatividade entre as cidades e as pessoas — uma questão difícil não merecia uma resposta óbvia

Uma startup de Curitiba (PR) projeta mudar, e muito, a forma com que cidadãos interagem, convivem e consomem nos mais variados espaços urbanos.

A ideia surgiu na mente de Paulo Hansted, profissional de marketing com especialização na Universidade de Berkeley (USA), e que fez carreira em veículos e agências de comunicação. Inquieto e apaixonado por tecnologia, Hansted foi impactado certa vez, em um encontro de trabalho, por uma afirmação do então Governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira: “Minhas cidades são burras, não dialogam com as pessoas”.

Desafiado por aquele problema e disposto a resolvê-lo de forma inédita, viajou por 17 países visitando dezenas de cidades e mapeando oportunidades e insights distintos. As cidades inteligentes já estavam florescendo, mas ele queria ir além, aproximar pessoas e contribuir decisivamente com a melhoria da qualidade de vida.

Cidades Interativas

Muito além de simplesmente “inteligentes”, as cidades interativas pressupõem o uso da tecnologia para criar ou amplificar a inclusão e o empoderamento do cidadão de uma forma ampla e irrestrita, com approaches específicos e estratégicos. Ou seja, tudo de mais funcional e instigante, ali, ao alcance, valorizando ao máximo a experiência dos usuários. Além disso, este conceito nasce com a disposição de dinamizar a economia, a partir de estímulos de inteligência, coordenados para amplificar a conexão das pessoas com a cidade.

Em smartphones, tablets ou desktops — sim, dá para interagir até de casa — é possível trazer ainda mais vida à cidade recebendo uma notificação ou por meio de um QR code, incluindo navegação lúdica, realidade aumentada, virtual ou mista, em uma verdadeira transformação no espaço urbano. A cidade é a plataforma, e é a partir dela que tudo acontece, em ruas específicas, trajetos, calçadões, praças. Gastronomia, comércio, serviços e até campanhas de cunho social ou informações para turistas: tudo pode estar conectado e gerando novos estímulos de conexão e valor.

“Vamos precisar reinventar a relação entre pessoas e cidades. A conexão entre mundo físico e virtual abre espaço, estimula as descobertas e o reencontro no ambiente urbano, dinâmica essencial para a retomada da vida social e econômica dos municípios”, destaca Paulo Hansted, CEO da MCities.

Paulo Hansted

Oportunidades de Negócios

Já são oito canais de experiência da plataforma operacionais ou em desenvolvimento: em casa, sabor, descubra em família, ruas interativas, rotas, cidade pet, e, é logo ali. Tudo com o propósito único de reconectar pessoas com ambiente, em um verdadeiro storytelling urbano, humanizando a tecnologia e evitando a formação de guetos. É a convergência da cidadania com os negócios, ou “serviço como marketing”, como gosta de destacar Paulo.

Com cerca de 800 mil usuários desde que começou a operar, há três anos, a MCities possui tratativas para implementação de sua tecnologia em quatro municípios brasileiros, o que deve ser formalizado e lançado entre setembro e novembro. Também há outras possibilidades de operação já avançadas em Portugal.

“Temos conversado com muitos investidores, nacionais e internacionais. Estamos com vários diálogos em curso com grupos que estão demonstrando interesse em somar forças a MCities, de empresas de tecnologia, fintechs a grupos de comunicação. Muito em breve vamos ter novidades”, finaliza Paulo Hansted.

#Abramark, #MCities, #Startup, #Marketing

 

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