Dennis Giacometti: “Quanto mais conhecimento, quanto mais nos aprofundamos, mais criativos nos tornamos!”

Há 30 anos no mercado publicitário, na área de Planejamento de Comunicação e Marketing, Dennis Giacometti fez história no mercado com métodos inovadores de abordagens estratégicas em Gestão, Inovação e Estratégia de Marca. Hoje, Giacometti é consultor e palestrante na Adentro Consultoria e Ground RG.

Integrante do Hall da Fama da Abramark, Dennis é o nosso convidado da semana para responder às nossas cinco perguntas. Na entrevista, ele nos mostra o quanto é importante nos conhecer, usar o método de liderança correto e aprofundar no conhecimento do cliente e do mercado para conseguir usar a criatividade e inovar. Leia!

Abramark – Como sua formação em arquitetura ajudou no seu desenvolvimento criativo e de estratégias voltadas às marcas ao longo dos anos?

DG A Faculdade de Arquitetura de São José dos Campos, felizmente, desenvolveu um projeto de educação totalmente inovador, diferenciado, inteligente e criativo. Grandes mestres passaram por lá. De Fernando Henrique Cardoso, Paulo Bastos, a Ricardo Ohtake. Maestros e grandes fotógrafos. Uma diversidade de conhecimento junto a profissionais de muito sucesso. Os mestres ficavam todos juntos com os alunos em um enorme galpão. Isso mesmo, todos juntos e estruturados, alunos e professores, em células de projetos. Cada projeto se estendia por seis meses e todas as cadeiras se debruçavam sobre ele, visando assessorar aquela equipe de alunos na conduta de todo o processo.
O legado foi um grande aprendizado no campo do trabalho de conhecimento. Sendo que, um fator crítico para o sucesso nessa prática, está na importância de desenvolver um método, um mapa mental, para aprofundar o conhecimento em todos os setores que o marketing e a publicidade demandam. Quanto mais conhecimento, quanto mais nos aprofundamos, mais criativos nos tornamos! Não podemos ter dúvidas sobre isso…

Abramark – Fale um pouco sobre a Ground RG. Como tem sido o trabalho como consultor?

DG A Ground RG conta atualmente com onze profissionais sêniores de diferentes especialidades. Felizmente, estamos caminhando muito bem, pois a vivência de cada um de nós soma, e muito, para o conjunto do universo de atividades que desenvolvemos. Somos especializados em sucessão, governança, gente/gestão e estratégia da marca. Mais uma vez, valorizamos muito o trabalho do conhecimento, quando estamos equacionando as principais dores e dilemas de nossos clientes. Nossa metodologia é totalmente desenvolvida para a cultura das empresas brasileiras. E é muito prazerosa esta atividade, uma vez que a maioria dos clientes busca por “cabelos brancos” no sentido de dar muita importância às vivências que tivemos. Isso nos motiva a estar cada dia mais atualizados, principalmente no tema “gente”, através de estudos da moderna filosofia, psicologia e sociologia, já que na maioria dos temas com que lidamos, o fator gente é preponderante. 72% dos profissionais de empresas são demitidos não por questões técnicas, e sim por comportamento.

Abramark – O brasileiro é muito criativo, lúdico, mas ainda visto como pouco inovador em nível empresarial. O que você acha que falta nesse sentido? Temos avançado?

DG Muito pouco! E o ponto de estrangulamento predominante está na cultura organizacional, geralmente pautada pelas práticas do comando e controle. Nesse universo, autocrático, engessado, não tem como prosperar o diálogo, onde eu realmente me preocupo com que o outro está dizendo, fazendo na sequência, uma devolutiva construtiva, sem perseguir o embate de ideias; a luta entre duas possibilidades apenas, onde a minha deve ser sempre a vencedora. Nesse ambiente surgem assim, muitos problemas de liderança, onde a maioria dos profissionais acredita que está na sua casa dando ordens a quem quer que seja… e obedece quem tem juízo! E o pior; a empresa cai numa armadilha fácil: a da mesmice! Temos tudo, nesse mundo riquíssimo em oportunidades, para nos diferenciar, mas não conseguimos! Estamos grudados no retrovisor!

A solução passa por uma transformação da cultura organizacional a qual deve procurar desenvolver um trabalho centrado na cultura do erro, do trabalho em células… Mas poucas empresas têm a noção do como realizar isso! As que conseguem, obtêm altos índices de criatividade e, consequentemente, de produtividade, e ainda reduzem o grau da rotatividade, retendo mais os colaboradores.

Abramark – Todos os aspectos do ESG, com uma atenção muito especial às causas sociais, respeito ao ser humano, à diversidade e o planeta tomaram conta da pauta empresarial. Você acha que as marcas estão usando isso de maneira correta e, de fato, construtiva?

DG Existem “tribos”; aquelas que se autoaplicam uma máscara, algo bem pró forma, e representam, ainda, a maioria; outras, que iniciam a jornada por esta trilha e terminam por se conscientizarem totalmente sobre a importância das práticas ESG, e aquelas que, de fato, levam a proposta muito a sério. Mas a questão central para alcançar o sucesso nesse tema tão importante, passa pelo indivíduo. Tanto que na GROUND propomos uma alteração na sigla: para PESG, P de person, para enfatizar o ser humano, o indivíduo. Sem a conscientização dele, na empresa, não existe sustentabilidade possível. Esse tema não deve ser tratado como uma atividade de dentro para fora da organização. E sim, do interior da companhia, de seu conjunto de valores primeiro, para depois enxamear para o social.

Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para estudantes e novos(as) profissionais de comunicação, criatividade e marketing que desejam prosperar, crescer e deixar um legado?

DG Em um mundo competitivo, individualista, temos que nos destacar dos demais profissionais sem dúvida. E a única forma de, eticamente, alcançar a liderança profissional é através da forte prática do trabalho do conhecimento. Sempre tentando resolver a equação complexa que reside na contradição entre teoria e prática! Portanto, inicie sua jornada com a “barriga no balcão”, empiricamente se aproximando da realidade da empresa em que está trabalhando, de seu mercado, clientes e, principalmente, não clientes, nas ruas, na internet, no interior da organização.

Vivencie muito bem esse universo; e depois de estar mais ou menos inteirado, persiga, com perseverança, o trabalho do conhecimento teórico. Defina antes, os pilares de conhecimento que você deve, em teoria, aprofundar. Os mesmos deverão estar inspirados pelo o que foi descoberto na sua caminhada pelos meandros internos e externos da empresa.

É isso aí, sorte e sucessos a todos!

#Abramark, #Marketing, #Criatividade, #Inovação, #Empreendedorismo

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