Fernando Guntovitch: “As pessoas estavam ávidas para retomar às experiências e isso ajudou a alavancar várias convenções, confraternizações, premiações…”

Figura de destaque no Live Marketing brasileiro, Fernando Guntovitch praticamente nasceu na agência de publicidade do pai. Com o aprendizado, e o gosto pela valorização da experiência como um negócio a ser cultivado, buscando diferenciação, criou sua própria agência, a The Group, em 1995.

Foram inúmeros cases de sucesso, em uma agência reconhecida e conceituada no mercado, merecedora de inúmeros prêmios. Tanto mérito permitiu a Guntovitch liderar a Worldwide Partners, a maior rede de agências independentes do mundo, da qual a The Group foi sócia desde a sua fundação, ocupando o cargo por mais de oito anos.

Integrante do Hall da Fama da Abramark, Fernando Guntovitch é o nosso convidado para responder às cinco perguntas dessa semana. Confira!

Abramark – Conte para nós como foi 2022 para a TG e quais as perspectivas de negócios para 2023? Sabemos que houve crescimento nos negócios, mas foi possível melhorar a rentabilidade?

FG – O ano de 2022, foi um período de retomada e entendimento sobre o pós-pandemia. Ainda com muitas dúvidas, mas os eventos presenciais retomaram com força e mantivemos alguns no formato híbrido. Na empresa, mantemos a dinâmica híbrida, em um formato mais flexível. Muito mais pelo fazer sentido do que pelo motivo da Covid-19.

Abramark – Como vislumbra o cenário para o live marketing como um todo em nosso país? Nem sempre foi assim, mas hoje, a percepção é a de que muitas marcas entendem e dão o real valor à experiência, seja para colaboradores, clientes, parceiros…

FG – As pessoas estavam ávidas para retomar às experiências e isso ajudou a alavancar várias convenções, confraternizações, premiações como viagens de incentivo etc. Vamos retomando a nossa vida pré-pandemia.

Abramark – Mesmo em algo tão específico e sob medida como o live marketing, as concorrências ainda são comuns, como em outras áreas, com o desenvolvimento de um trabalho meticuloso, em prazo exíguo, e totalmente no risco. Você acha que isso deveria acabar? Qual modelo, ao seu ver, seria o ideal?

FG – A concorrência é uma realidade. Os clientes deveriam seguir a recomendação da Ampro de convocar até quatro agências para participar, e ter uma remuneração para o bid. De qualquer maneira, as agências têm o livre arbítrio de participar ou não. É um assunto complexo que temos que nos adaptar, pois é a realidade do mercado. Certa ou não.

Abramark – Muitas pessoas estavam ávidas por encontros presenciais, calor humano, vida, após o período de confinamento imposto pela pandemia. Passado isso, e agora com “baixou a poeira”, você imagina que os eventos híbridos serão uma realidade constante para diferentes públicos e setores?

FG – Os formatos híbridos continuam para uma economia de investimento no traslado e hospedagem de convidados. Nada supera o formato ao vivo, presencial. Vai muito de caso a caso. É um formato complementar.

Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para estudantes e novos(as) profissionais de comunicação e marketing que desejam prosperar, crescer e deixar um legado?

FG – Estudem, sejam curiosos, visitem exposições, museus etc. Cultura é fundamental. Estejam abertos ao novo e tenham humildade para reconhecer o que vem dando certo. Canalizem a energia em uma direção para o resultado da ação, com muito respeito com os companheiros, fornecedores e clientes. Afinal, como todo negócio, precisa trazer resultado.

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