A Panvel e acaba de concluir uma negociação com a Omrom Healthcare, multinacional japonesa líder em dispostivos médicos, para ser a primeira rede de farmácias a disponibilizar exame de eletrocardiograma em 340 lojas na região sul do país e no estado de São Paulo.
Ainda inédito no Brasil, o eletrocardiograma, enquanto um serviço de saúde oferecido pelo varejo farmacêutico, deverá se expandir rapidamente para outras redes e farmácias indepentes, informa a Omrom. A companhia negocia para que o serviço chegue rapidamente a outras redes.
O Omrom Complete, nome do aparelho de eletrocardiograma, não precisa ser manuseado por um médico, é conectado à Internet e conta com recursos de Inteligência Artificial que analisa em 30 segundos o traçado do ritmo cardíaco, imprimindo ou enviado o resultado por e-mail.
A Panvel irá oferecer o exame nas lojas que contam com o seu braço de assistência em saúde, o Panvel Clinic.
Com conectividade e capacidade de realizar o eletrocardiograma e a medida da pressão ao mesmo tempo, o aparelho, que não necessita ser manuseado por um médico, conta com recursos de Inteligência Artificial envia o resultado para o médico pela Internet em até 30 segundos.
“O Omrom Complete inaugura uma nova tendência e deverá incluir o eletrocardiograma na rotina de autocuidado, assim como já ocorre com os monitores digitais de medida da pressão. Uma fatia enorme da população irá se beneficiar desta tecnologia”, afirma Fernanda Vilalobos, diretora geral da Omrom no Brasil.
Importância de realizar o exame
Uma diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) sobre Fibrilação Atrial que recomendou, em 2021, a realização de um eletrocardiograma diário em pacientes acima de 65 anos. Na sequência, diversos outros estudos em larga escala começaram a sugerir a importância deste acompanhamento. A fibrilação atrial, doença que recentemente acometeu o ex-técnico da seleção brasileira de futebol e atualmente no Flamengo, Tite, afeta somente no Brasil mais de 5 milhões de pessoas.
Caracterizada pela frequência cardíaca irregular, a fibrilação atrial é capaz de ampliar significativamente o risco de AVC em pacientes não diagnosticados e tratados. Apesar de ter a arritmia como seu principal sintoma, a doença também pode ser assintomática.
Entre 14% e 22% dos casos de fibrilação atrial são causados pela hipertensão. A fibrilação atrial não diagnosticada, por sua vez, é 3 vezes mais comum em pessoas hipertensas.
Estudos indicam que os hipertensos com mais de 65 anos de idade têm três vezes mais chances de desenvolver fibrilação atrial em comparação com aqueles indivíduos com pressão arterial normal.
Além disso, pacientes com fibrilação atrial têm 5 vezes mais chances de ter um AVC, doença que ocupa a segunda posição no ranking de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil, de acordo com os indicadores das Estatísticas Cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).0