Líder e fundador da Moma Propaganda, Fico Meirelles é um dos nomes mais reconhecidos da publicidade brasileira em atendimento e planejamento nos últimos 30 anos.
Com passagens de destaque na DPZ, Talent e AlmapBBDO, Fico conquistou renome no mercado. Premiado, conquistou o Prêmio Caboré, em 2003, e esteve à frente de importantes e emblemáticos cases, como o reposicionamento das Havaianas, além dos lançamentos no Brasil da Audi, Mizuno, Gol Linhas Aéreas e Kia Motors, entre inúmeros outros.
Todo esse trabalho e realizações credenciaram Fico Meirelles ao Hall da Fama da Abramark e a ser nosso convidado a responder as cinco perguntas dessa semana.
Confira!
Abramark – Fale um pouco sobre a Moma Propaganda, seus clientes, e quais tem sido os maiores desafios de 2023.
FM – A Moma é uma agência independente em atividade há 15 anos. Mais do que nunca uma agência tem que entender o negócio do seu cliente por inteiro. Ser apenas o estrategista de comunicação do cliente não é mais o suficiente. A agência tem que conhecer de perto toda a operação do seu cliente. Conhecer toda a jornada de compra do consumidor do cliente, os principais movimentos dos concorrentes do cliente e as grandes tendências do setor em que o cliente atua. Tudo isso fica mais difícil no mundo de hoje e, em especial, no Brasil pela alta volatidade da economia. A agilidade de mudar tudo que estava planejado, porque o mercado virou de uma hora para outra, é fundamental na operação da agência. Para nossos clientes, os maiores desafios em 2023 são as incertezas do cenário econômico a curto prazo.
Abramark – A Moma está posicionada como uma agência com forte apelo de Big Data e BI. Fale um pouco mais sobre isso.
FM – A Big Data é todo um processo para antecipar as decisões baseadas no que os números mostram. Você consegue enxergar uma tendência bem antes do seu concorrente.
Abramark – Como você tem visto o embate entre governo e big techs nos trâmites da PL 2630/2020?
FM – As Big Techs são um fenômeno relativamente novo. E como todos os movimentos de grande impacto na sociedade trazem coisas boas e coisas ruins. É uma discussão bastante complexa que deve ser debatida sem a paixão partidária. Eu, como profissional de comunicação, tenho receio de criar uma camisa de força ou qualquer tipo de censura.
Abramark – Como um head de agência, como avalia os impactos da IA no negócio da comunicação como um todo? Acha que estamos avançando para o uso racional e bem-sucedido desse tipo de tecnologia?
FM – Acho difícil avaliar todo o impacto que a IA vai fazer na comunicação e nos negócios em tão pouco tempo de disponibilidade para todos. O que os cientistas dizem que será uma transformação muito maior que a própria internet quando foi lançada. Mas eu vejo a chegada da IA com otimismo. Vai melhorar muito a comunicação como um todo.
Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para estudantes e novos(as) profissionais de comunicação, propaganda e marketing que desejam prosperar, crescer e deixar um legado?
FM – As oportunidades para profissionais de comunicação aumentaram muito. Os desafios também. Quando comecei só havia cinco canais de televisão. Ainda não tínhamos TV a cabo, que chegou no Brasil no meio dos anos 1990. Conseguir um espaço era quase impossível. A emissoras de TV aberta monopolizavam a comunicação. Isso para o entretenimento, jornalismo, esporte ou arte. Hoje, com a TV por assinatura, estão disponíveis mais de 100 canais, e com a internet esse espaço é infinito. Qualquer um que tiver talento e uma boa ideia vai ter espaço para divulgar seu trabalho. O desafio é que a concorrência também aumentou muito.
#Abramark, #marketing, #Comunicação, #AgenciaMoma, #MomaPropaganda