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Para serem citadas pelos buscadores de IAs, marcas precisam reforçar atributos de autoridade, revela estudo da Monks

Brasil é o terceiro maior usuário do ChatGPT e Gemini esteve entre os mais baixados da App Store em setembro, exigindo que as marcas adotem estratégias para garantir presença na jornada de busca conversacional;

 

O estudo da Monks “Do SEO ao GEO: A Evolução do Comportamento de Busca na Era da IA”, em parceria com a Semrush, reforça que a ascensão das IAs não apenas altera o comportamento de busca do consumidor, mas cria novas dinâmicas de visibilidade digital para marcas e produtores de conteúdo. A pesquisa investiga o avanço das inteligências artificiais (IAs) como mecanismos de busca no Brasil e os impactos diretos dessa transformação para marcas e suas estratégias no ambiente online.

Para conduzir essa análise, a Monks se debruçou sobre dados, fornecidos pela Semrush, de 1.000 domínios mais citados em uma amostra de 50.000 resultados de busca com AI Overviews (AIOs), ou seja, resumos gerados por inteligência artificial em buscadores. Entre as dez principais fontes desse tipo de resumo nos buscadores, segundo o levantamento, estão, nesta ordem: Google, Instagram, UOL, Wikipedia, YouTube, Globo.com, site oficial do Governo Federal, Facebook, Terra e Manual MSD (para profissionais de saúde).

Segundo a pesquisa, a indústria de SEO passa por um ponto de inflexão impulsionado pelas interfaces conversacionais de inteligência artificial. Nesse cenário, a Monks destaca a importância da otimização para “GEO” (General Engine Optimization), uma expansão das estratégias de presença de marca focada em garantir visibilidade na jornada de busca do consumidor, independentemente de ela ser iniciada em buscadores tradicionais ou em chatbots de IA. Utilizando sua ferramenta de IA proprietária, a Monks.Flow, e dados exclusivos sobre o mercado brasileiro, o estudo fornece insights cruciais para que as marcas adaptem suas estratégias de posicionamento na nova era da busca.

“As marcas devem expandir o monitoramento realizado pelo SEO tradicional e adotar métricas de GEO para garantir que sua autoridade e conteúdo sejam reconhecidos pelos chatbots, protegendo assim sua visibilidade e conversão na jornada do consumidor. Hoje em dia, essa jornada pode estar acontecendo 100% fora do seu site, incluindo a fase de consideração e decisão. Assim, garantir credibilidade dentro das ferramentas de IA se tornou um pré-requisito para a sobrevivência digital”, afirma Felipe Carvalho, Diretor de Inbound Marketing  da Monks Brasil.

Fontes brasileiras preferenciais dos AIOs

Atualmente, os AI Overviews têm impulsionado a diminuição de tráfego das marcas advindo de pesquisa em buscadores. Conforme o estudo da Monks com dados da Semrush, os AIOs aparecem muito mais para pesquisas informacionais (91,29% dos casos). No entanto, é possível perceber que há uma tendência crescente no aparecimento desses snippets para outros tipos de pesquisa. Para os anunciantes, essa é uma ressalva importante, pois mostra o interesse do Google, por exemplo, em aumentar o aparecimento das AIOs mesmo em pesquisas comerciais ou transacionais. Segundo o levantamento, estes são alguns dos domínios brasileiros mais citados nos AIOs:

  • Portais de Conteúdo e Notícias:com.br (45,38%) e Globo.com (28,82%) demonstram a forte confiança do AI Overview em grandes portais de conteúdo brasileiros.
  • E-commerces: O MercadoLivre.com.br aparece no topo (10,33% de ocorrência), à frente de gigantes globais como Amazon (3,91%) e Shopee (2,91%). Isso sugere que os AI Overviews citam informações transacionais, e não apenas conteúdo puramente informativo.
  • YMYL: Para tópicos sensíveis de Governo, Cidadania e Sociedade, o domínio mais citado é o Gov (24,36%).

 

ChatGPT lidera a adoção de IAs no Brasil

O estudo da Monks confirmou a rápida adoção das LLMs (Large Language Models) no país. O Brasil se destaca como o terceiro país que mais utiliza o ChatGPT. Atualmente, o ChatGPT responde por 45% da participação no tráfego de IAs no Brasil, consolidando-se como a principal LLM utilizada. Outras LLMs relevantes no tráfego brasileiro incluem Deep Seek (18%), Gemini (12%), Perplexity (9%), Grok (8%) e Claude/Monica (7%). Um outro dado de mercado corrobora esse cenário: em setembro deste ano, Gemini esteve entre os aplicativos mais baixados na App Store, devido ao lançamento de uma ferramenta de edição de imagens.

A Monks utilizou a plataforma Monks.Flow, uma solução própria orquestradora de IAs, para analisar as principais fontes referenciadas pelo ChatGPT em 14 setores: automotivo, beleza, educação, eletrônicos, entretenimento, moda, finanças, alimentação, saúde, casa e decoração, imobiliário, viagem, telecomunicação e esporte. A análise mostra que diferentes LLMs priorizam diferentes fontes.

O estudo sobre o ChatGPT por setor confirma que domínios de conteúdo, incluindo Wikipedia, sites de notícias e governamentais, são dominantes na maioria dos setores. Por exemplo, Beleza (92,78%) e Casa & Decoração (90,05%) apresentam a maior concentração em Portais de Conteúdo.

Os dados estruturados do Monks.Flow demonstram que mídias sociais, artigos acadêmicos e fóruns/comunidades representam menos de 1% do total de citações no ChatGPT, enquanto plataformas de serviços/produtos e e-commerces têm uma presença discreta, com média de 1,82% a 2,25% das citações.

“O cenário de busca está em profunda transformação e as marcas que desejam proteger sua visibilidade, confiança e conversão devem adotar uma postura de otimização mais ampla (GEO), abrangendo tanto domínios proprietários quanto o ecossistema de canais que atuam como fontes para as LLMs. As empresas devem rever suas estratégias de digital, garantir a estruturação técnica do seu conteúdo, focar na coerência de comunicação entre diferentes canais e diversificar a distribuição em múltiplos ecossistemas e formatos multimodais, já que diferentes LLMs priorizam diferentes fontes”, aponta Felipe.

 

Credibilidade, estrutura e autoridade impulsionam citações

Os insights centrais revelados pela Monks no estudo “Do SEO ao GEO: A Evolução do Comportamento de Busca na Era da IA” demonstram uma clara preferência das IAs por fontes que transmitem autoridade e confiança:

  • Credibilidade é central – O ChatGPT privilegia fontes que transmitem segurança e autoridade, um fator crítico para as marcas que buscam visibilidade em respostas geradas por IA. Isso significa que as marcas devem reforçar atributos de autoridade.
  • A estrutura técnica é um pré-requisito: Mais de 83% das URLs referenciadas pelo ChatGPT para os setores de Educação e Finanças possuem dados estruturados. A visibilidade, especialmente nos setores de Educação e Finanças, depende de uma estrutura técnica impecável.
  • Foco no E-E-A-T (Experiência, Especialidade, Autoridade e Confiabilidade): A presença de marcações como Organization (presente em 82% dos casos) e Article (77%) é massiva em Educação e Finanças. A marcação Person, que indica autoria e expertise, é crucial nesses mesmos setores, Finanças (65%) e Educação (49%).
  • Equilíbrio entre Profundidade e Escaneabilidade: As páginas citadas pelo ChatGPT são em média longas e profundas (média de 236 a 270 frases), indicando que a IA busca esgotar o tópico. Contudo, a informação é entregue com clareza e escaneabilidade extremas, com média de 6 a 7 palavras por frase. A faixa ideal de conteúdo referenciada fica entre 800 e 1600 palavras, sendo que conteúdos excessivamente longos (acima de 3000 palavras) são menos aproveitados.
  • Contexto e Velocidade são essenciais: Estratégias de GEO devem incluir conteúdo que vá além do factual, fornecendo explicações interpretativas e contextualizando, auxiliando o usuário na tomada de decisão. Em setores dinâmicos, como esportes, entretenimento, eletrônicos e automotivo, é exigida a atualização frequente do conteúdo.

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