Por que é tão importante a existência de eventos sobre creator economy?

*Por Luiz Menezes

Esta semana estive presente no YOUPIX Summit 2024, principal evento de creator economy na América Latina, que aconteceu presencialmente em São Paulo. Esse é o ponto de encontro do mercado de influência no país, para saber sobre as tendências, os insights e se conectar com empresas, plataformas, marcas e creators do ecossistema digital. E a Trope (consultoria de Geração Z e Alpha da qual sou fundador) estava comigo.

Participei de uma palestra, com o tema ‘Choque de gerações: Dos Boomers à GenAlpha todo mundo influencia’, além de ter sido o co-host do palco Business Stage. O YOUPIX Summit abordou vários assuntos e o InstitutoZ, braço de pesquisa da Trope, produziu uma análise sobre as 46 palestras que aconteceram ao longo do dia, utilizando alguns critérios para entender a motivação dos assuntos. Elenquei os resultados abaixo:

Temas
Os temas centrais das palestras foram: creator economy (18), mercado da publicidade (9) e diversidade (5). As conversas sobre mercado da publicidade deram destaque para as mudanças nas estratégias de marketing e como as marcas estão se adaptando para se conectar melhor com seu público-alvo. Já as conversas sobre creator economy estavam focadas em impacto positivo e ferramentas de inovação. A diversidade também foi um tema forte, com debates sobre inclusão e representatividade.

Necessidades básicas
Entre as necessidades básicas abordadas nas palestras, a conexão se destaca como a mais discutida, presente em 27 palestras (20,15%), mostrando a importância de criar laços e interações significativas. O autodesenvolvimento, tema que oferece insights que ajudam o público a se aprimorar, em nível pessoal e profissional, apareceu em 19 palestras (14,18%). E a autenticidade figurou em 18 palestras (13,43%), apontando ações genuínas e nativas dentro de comunidades que tenham afinidade com a marca.

Agentes de mudança
As mídias sociais foram o principal agente de mudança, mencionadas em 34 palestras (75,56%). Em segundo lugar, os novos modelos de negócios, em 27 palestras (60%), com foco em inovação, criatividade e adaptação à nova era do mercado. O propósito da marca e a cultura de startup apareceram em 9 palestras (20% cada) apresentando a necessidade de empresas e marcas terem um impacto além do lucro.

Megatendências
Creators como empresas foi a megatendência mais recorrente, totalizando 21 palestras (45,65%), que discutiram a profissionalização dos criadores de conteúdo. As conversas focaram como estão se estabelecendo como empresas, transformando plataformas em negócios e gerando impacto nas comunidades. A transformação da autenticidade em ações reais esteve em 11 palestras (23,91%), a alegria de participar, num mundo cada vez mais solitário e a transparência de marcas, cada uma com 4 palestras (8,70%), mostram a importância da comunicação aberta e honesta entre marca e consumidor.

Macrotendências
A economia da experiência dominou as discussões sobre macrotendências, com 15 palestras (32,61%). Já a economia do propósito, destacada em 6 palestras (13,04%), mostra que engajamento em pautas sociais também podem gerar lucro. Os novos modelos de negócios e o empreendedorismo também foram pautas importantes, ambos com 5 palestras (10,87%).

O ponto é que as palestras foram muito de acordo com a proposta de abordar a creator economy e impacto na Geração Z, pessoas de 13 a 27 anos. Analisamos com cuidado os critérios para entender as motivações e percebemos que está de encontro do que faz sentido para a GenZ. É difícil ter eventos que realmente falem sobre esse universo com propriedade e o YPX Summit fez isso com maestria, muito antes dos eventos globais, uma vez que foi só em 2024 que SXSW e Cannes Lions começaram a abordar a pauta.

No evento, a Trope também contou com espaço físico, onde realizamos ativações, com foco principalmente na Geração Z. Entre elas, estavam um super quiz, criado fazendo referência aos testes do BuzzFeed, que não existe mais no Brasil. Além da confecção de pulseirinhas da amizade, que viraram um fenômeno por causa dos shows da cantora pop, Taylor Swift. O intuito era que as pessoas personalizassem quantas pulseirinhas quiserem e trocassem com as outras durante o evento, para gerar interação e conexão.

O objetivo dessas ativações era trazer à tona as discussões geracionais para promover o contato do que acontecem em comunidades nativas da internet para o centro do evento. O nosso propósito como consultoria é ajudar as marcas e o ecossistema da creator economy a entenderem cada vez mais as demandas dos novos consumidores, porém, fazendo isso através das experiências nativas da GenZ e Gen Alpha.

*Luiz Menezes é fundador da Trope, uma consultoria de geração Z e Alpha que ajuda marcas a rejuvenescerem suas estratégias de negócio através da creator economy. Aos 25 anos, Luiz é nativo digital, creator, apresentador, empresário e empreendedor. Presente no mercado e atuando na área de comunicação há 8 anos, o especialista acumula experiência em organização de eventos voltados à cultura pop e geek, prestação de serviços de marketing de influência e digital PR para grandes marcas, como Meta, Itaú, BRF, Mondelez, P&G, Oi, entre outras.

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