Tudo bem, o tsunami tecnológico é uma realidade absoluta e definitiva e irreversível.
Que no médio e longo prazo só terá sido responsável pelo progresso, desenvolvimento e qualidade de vida.
Mas, e antes de melhorar e muito, piora, muito especificamente determinados territórios, e, repito, piora muito.
Assim, e diante de um novo mundo em processo de construção que muda radicalmente todos os processos de compra, que desloca os eixos de toda a produção global, os sistemas de logísticas e distribuição mais que perfeitos para um mundo antigo, e onde pouco se comprava a distância, carecem de sucateamento radical e urgente.
Claro, desde que exista uma nova solução pronta e acabada hoje, o que de verdade não acontece. E em meio a essa disrupção, a pandemia, e o caos generalizam-se.
Conclusão, no território da logística global, o preço dos fretes vai às nuvens.
Especificamente em nosso país, onde nos tornamos um grande comprador de praticamente tudo a distância, muito especialmente de países do outro lado do mundo, a gravidade da situação é maior ainda.
Não apenas para nós, consumidores finais, mas e principalmente para as empresas, carentes de componentes e matérias-primas.
E que, óbvio, vai repercutir no preço final dos produtos, e determinando um agravamento no processo inflacionário que vive o mundo.
Especificamente no território dos fretes, os preços partiram em direção ao céu. Escalaram!
Para se ter uma ideia da dimensão do desafio, é suficiente atentarmos para o módulo básico de transporte marítimo entre empresas e empresas de diferentes países. Antes da pandemia, um container básico e universal, que mede 20 pés, e que jamais se aproximou do valor de US$3 mil, sempre entre US$2 e US$2,5 mil, hoje custa US$11,2 mil. Uma alta de praticamente cinco vezes.
Mais ou menos como se de janeiro de 2021 para janeiro de 2022, aquela mesma corrida de táxi que pagávamos R$20,00, passasse a custar, R$100,00.
É isso, amigos.
E se o transporte custa 5 vezes mais, de alguma forma, parte desse aumento irá bater obrigatoriamente no preço dos produtos.
E quanto a isso, não há o que fazer.
Respirar fundo, esperar o mundo recuperar seus níveis de abastecimento para só então, e gradativamente, os preços retornarem próximos dos preços de janeiro de 2020, e a inflação mergulhar em declínio.
Até lá, respirar fundo, repito, e procurar sobreviver.
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Esse conteúdo é parte da síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.
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