Dentre os temas que mais vão se discutir no que resta desta década, é, enfim, o fim dos empregos.
Ser empregado, e ainda para muitos uma dádiva, é o último degrau da escravatura. Ninguém deveria ser empregado de ninguém.
Todos deveríamos ser prestadores de serviços, justa e merecidamente remunerados. Todos deveríamos ser profissionais empreendedores, sem vínculo com ou a uma única empresa, mas disponíveis para prestar nossos serviços para muitas e simultaneamente.
Saem de campo os profissionais empregados, e, em seus lugares, entram os profissionais empreendedores e parceiros de outras e muitas empresas.
Essa é a essência da SEKS – SHARING ECONOMY & KNOWLEDGE SOCIETY – Sociedade onde o capital é o conhecimento que portamos em nossos cérebros, que se torna produtivo através do SHARING, do compartilhamento, com alguns, muitos, centenas ou milhares de parcerias que celebramos com diferentes profissionais empreendedores, dependendo das especificidades e características dos desafios que são colocados.
De certa forma, e entendendo a importância única do momento em que vivemos, DOMENICO DE MASI dedicou seus últimos anos para mergulhar o mais profundo possível em seu mais recente e espetacular livro, O TRABALHO NO SÉCULO XXI, lançado no Brasil no ano passado, com quase 800 páginas, pela editora SEXTANTE. Ouro puro de sensibilidade e sabedoria. Não obstante a visão de DEMASI, carregada do social, perca um pouco da isenção. Mas o livro é leitura obrigatória.
Logo no início do livro DE MASI, remete a HANNAH ARENDT, filósofa e política alemã, que por sua vez refere-se ao que dizia MARTINHO LUTERO, o protagonista do maior processo disruptivo da história da humanidade, a disrupção da Igreja Católica.
LUTERO dizia: “O homem nasceu para trabalhar, como o pássaro para voar. Por isso deve ser imposto aos ociosos. As pessoas que não defendem e não sustentam ninguém, mas consomem, vadiam e só se tornam preguiçosas, o príncipe não deveria tolerá-las em seu país, mas expulsá-las ou obrigá-las a trabalhar como fazem as abelhas, que mandam embora os zangões que não trabalham e comem o mel das outras abelhas”.
Toda essa introdução para comentar a matéria de capa do suplemento de um final de semana do jornal VALOR. E que tem por título, “CONFLITOS NA LIDERANÇA – trabalhadores dizem que chefes tiranos ainda são comuns”.
Provavelmente seja verdadeiro. Mas por que esses trabalhadores insistem em aceitar essa situação?
Porque não mergulham de cabeça, coração e alma na SEKS. Na Sociedade do Conhecimento onde a forma de se trabalhar é por parceria, e não mais por subordinação e dependência.
Fim.
Os séculos e milênios onde seres humanos por absoluta e total falta de alternativa aceitavam serem empregados vão se despedindo.
Ingressaremos nos anos 2030 com a maior parte dos profissionais trabalhando de forma independente, vendendo os serviços de seus conhecimentos e especializações, e no formato de parceria.
Já era tempo.
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Esse conteúdo é parte da síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.