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25 de setembro de 2008. O dia em que a Sadia mergulhou em crise irreversível.

Nas colunas mais bem informadas do País, no final de janeiro, a informação de que a MARFRIG encontrava-se a um passo de assumir o controle da BRF ― SADIA + PERDIGÃO. E que acabou acontecendo.

No fatídico ano de 2008, algumas empresas, ou por desespero, incompetência, ganância,

imprudência, decidiram apostar alto.

Apostaram no REAL contra o DÓLAR.

“Hedgiaram”, fizeram um hedge, como se diz, e se deram mal.

Apostaram na ponta errada.

Assim, no dia 25 de setembro de 2008, e reconhecendo a tragédia, a SADIA anunciou ter decidido liquidar operações no mercado financeiro, e realizar um prejuízo de R$ 760 milhões.

Como acontece nessas situações, e para livrar a cara de todos que foram coniventes de uma decisão temerária ao realizar o hedge, culpou-se o gestor financeiro que, e assim, foi despedido com humilhação.

Foi a tal da gota d´água.

A empresa que já vinha padecendo de uma gestão débil, nunca mais conseguiu sair da crise com as próprias pernas, teve que se submeter a uma compra por sua principal concorrente, mas sempre segunda colocada, a PERDIGÃO, dando origem à BRF, que nasceu da pior forma possível. Como curativo para duas empresas com problemas de gestão, e a partir de uma decisão irresponsável.

Anunciada em 2009, a BRF, soma das duas empresas, foi aprovada pelo CADE em 12 de junho de 2013.

Nesse período algumas tentativas foram realizadas, muito especialmente por ABILIO DINIZ que chegou a comprar um bloco representativo de ações da BRF através de sua holding, PENÍNSULA, conseguiu o comando executivo da empresa, mas, sem perspectivas de melhores resultados, preferiu assumir o erro da decisão e do investimento, e assim, vendeu sua posição de ações constituída entre 2012/2013, pagando por ação um valor médio de R$ 40,00, e vendendo para a MARFRIG, poucos anos depois, por R$ 28,75, contabilizando um forte prejuízo.

Abilio foi durante 2013 e 2018 presidente do conselho da BRF.

E agora, com os 3,8% que comprou de ABILIO, somada à posição que já detinha totalizando 31,66% do controle, mais o que comprou no meio do caminho, a MARFRIG tornou-se a sócia majoritária da BRF.

Poucos anos antes do injustificável escorregão de especular com hedge, SADIA e PERDIGÃO jamais imaginavam que entregariam seu controle a MARCOS MOLINA DOS SANTOS, um “sem-faculdade”, empreendedor intuitivo, que trabalha 21h por dia, casado com MARCIA SANTOS.

Em depoimento à ÉPOCA NEGÓCIOS, MARCIA descreve seu sócio e marido MARCOS MOLINA:

“As coisas acontecem muito rapidamente na cabeça dele. Pensa sempre antes, e na frente. A MARFRIG era focada quase que exclusivamente em CARNE BOVINA. E aí o MARCOS decidiu comprar o PATAGONIA, frigorifico especializado em cordeiros, na TERRA DO FOGO, extremo sul do CHILE. Orgulhoso me convidou para conhecer o local. Chegamos lá num dia gelado, abaixo de zero.

Marcos, eu disse, o que tem neste fim de mundo? E ouvi como resposta, 250 MIL CORDEIROS POR ANO… Cordeiros especiais, considerados orgânicos porque pastam. Têm mercado garantido…”.

Enquanto a SADIA especulava com moedas, um pequeno e ousado distribuidor de carnes comprava um frigorífico na TERRA DO FOGO.

O resto é história, e aula magna do que se deve, e do que jamais se deve fazer.

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Esse conteúdo é parte da síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.

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