Como costuma-se dizer, o melhor negócio do mundo é banco. O segundo melhor um banco mal administrado, e o terceiro, um banco pessimamente administrado.
Agora, e imagino, a maioria das pessoas já tenham se conscientizado, o pior negócio do mundo é uma empresa aérea pessimamente administrada. O segundo pior negócio do mundo é uma empresa aérea, mal administrada. O terceiro, uma empresa aérea bem administrada. E o quarto, uma empresa aérea otimamente administrada.
Mais cedo ou mais tarde, 90% das empresas aéreas vão quebrar… em até 30 anos.
Mais cedo ou mais tarde, se não fecharem antes, todas as empresas aéreas irão quebrar até, e no máximo, 50 anos.
Não há como administrar de forma competente uma empresa aérea.
As chamadas variáveis exógenas, as que estão fora do controle do gestor, sempre, mais cedo ou mais tarde, acabam prevalecendo. E nesse dia, vai-se…
Durante os próximos 10 anos continuaremos assistindo centenas de empresas aéreas encerrando suas atividades em todo o mundo em função e decorrência da pandemia.
Qualquer empresa aérea, repetimos, qualquer, para alimentar a ilusão de resultados, e permanecer viva – sabe-se lá por quanto tempo – precisa ter seus aviões a maior parte do tempo voando.
Avião em terra, sob qualquer prejuízo, é sintoma grave e inequívoco de forte crise pela frente.
E durante a pandemia, todos os aviões de todas as empresas aéreas ficaram parados meses sem conhecer qualquer altura que fosse. Permaneceram, literalmente, aterrados. Condenados aos pátios e estacionamentos.
A mais emblemática das empresas dos tempos modernos, a SOUTHWEST AIRLINES notabilizou-se por conseguir a proeza de bater todos os recordes na chamada VIRADA DOS AVIÕES. Fazer com que, em média, seus aviões, entre aterrissar, descarregar as malas, receber os novos passageiros, carregar as malas e decolar, precisassem de 15 minutos… Já na pandemia…
Qualquer espirro na aviação comercial é pneumonia crônica.
Meses atrás um pequeno avião de passageiros derrapou na manobra e ficou parado na ponta da pista de Congonhas. Segundo o presidente da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas – os prejuízos diretos desse pequeno transtorno foram da ordem de R$15 milhões. Apenas os diretos. Já os indiretos multipliquem-se muitas vezes esse valor.
Os grandes números de um acidente prosaico e de rotina como esse, revelam que 35 mil passageiros foram afetados, 296 voos foram cancelados, milhares de passageiros foram para hotéis, pegaram táxis e voltaram para casa…
Nos demais negócios, acidentes de percurso acontecem todos os dias, e rapidamente são tirados da frente e segue a vida.
Na aviação comercial, um pequeno avião estacionado no final de uma pista implica em esperar a liberação pela retirada das autoridades específicas, a chegada de equipamentos e equipes especializadas nesse socorro, mais a necessidade do início das investigações.
Mas, e para fazer tudo isso é necessário contratar uma oficina especializada que em tese teria o equipamento, é preciso ter o dinheiro para pagar a contratação…
Acho que não precisamos continuar.
Mas, e se mesmo assim, você sonha em ser um dia o proprietário de uma empresa aérea, por favor, não diga que não avisamos…
E prepare-se para fortíssimas emoções. Todos os dias… Ou melhor, todos os minutos do resto de sua vida…
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Esse conteúdo é parte da síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.