O que mudou nas agências de comunicação após a LGPD?

LGPD

Jurídico, Comunicação e Saúde são os segmentos que mais tiveram que se adequar após a imposição da nova normal

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) já está em vigor no Brasil desde agosto de 2018,  após ampla discussão sobre como ela seria colocada em prática nos mais diversos setores. Jurídico, Comunicação e Saúde são os segmentos que mais tiveram que se adequar após a imposição da nova norma.

Os objetivos da LGPD garantem proteção à privacidade, transparência, desenvolvimento; padronização de normas, segurança jurídica e favorecimento à concorrência. Em linhas gerais, é ela quem assegura o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais dos usuários, por meio de práticas transparentes e seguras, garantindo direitos fundamentais. Com o texto final proposto em 2012, ela foi considerada importantíssima no combate ao crescimento do cibercrime em toda a Europa.

Sancionada em 2018, ela só foi entrar em vigor no segundo semestre de 2020 no Brasil. Tendo sido criada com foco em complementar o Marco Civil da Internet por aqui, o que muda para empresas no geral é que agora qualquer cidadão, titular dos dados pessoais, poderá questionar as empresas privadas ou órgãos públicos sobre como é feito o tratamento da sua informação pessoal.

Nas agências de comunicação, a situação não poderia ser diferente: a adaptação delas com os clientes se deu com um olhar diferente no conceito “privacy by default”, utilizando cookies (arquivos que coletam os dados dos usuários que estiverem acessando a página) e no recebimento de e-mail marketing que deve ser consentido pela pessoa que acessa o site e com interesse no conteúdo. Caso ele receba um destes e-mails e resolva fazer uma reclamação à Autoridade Nacional de Proteção de Dados, quem deve ter a prova do interesse do usuário é a agência.

Diogo Senra, CFO da C2L | Communication to Lead, hub de comunicação que surgiu já com a Lei em vigor e atende principalmente clientes do setor da saúde, explica que alguns clientes não estão acostumados ainda com a importância da LGPD.

“Os clientes de saúde, principalmente, ainda estão entendendo a importância disso tudo. Um dos maiores players do setor da saúde sofreu recentemente um ataque hacker e simplesmente perdeu todos os exames de todos os pacientes, envolvendo todos os hospitais para os quais prestam serviço e demoraram quase um mês para se organizarem. Imagine o quanto foi gasto para refazer os exames de milhões de pessoas, além da imagem da marca ficar completamente desgastada”. Senra avisa ainda que “se um hacker ataca a C2L, nós temos processos implementados e mais de um backup de dados”.

O armazenamento de dados parece ser uma atividade óbvia, mas muitos não o realizam. Antigamente, as agências não precisavam contratar um advogado para fazer uma política de privacidade especializada. Necessidades mudam conforme mais dados vão sendo gravados e administrados por conta do avanço da tecnologia.

A tarefa da agência de comunicação é alertar. Como o cliente nem sempre está ciente do que se deve fazer em relação à LGPD, pensar em quais dados devem estar protegidos e de qual maneira é encargo da agência indicar. “Aqui, na C2L, cuidamos de sites de clientes que disponibilizam médicos para que o usuário marque consultas. Se essas informações não estiverem protegidas, é nossa obrigação mostrar como isso deve ser feito”, finaliza Senra.

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