Relatório Setores do E-commerce no Brasil, divulgado mensalmente pela agência Conversion, mostra a retomada do setor que mais sofreu na pandemia
O e-commerce brasileiro se tornou um forte aliado para a população – tanto para comerciantes quanto para compradores – desde o começo da pandemia de covid-19 no país em março de 2020, facilitando a compra e venda de diversos produtos e serviços sem o contato físico e sem precisar sair de casa. Agora, com a aceleração no ritmo da imunização, o cenário não deve mudar – ao contrário, a tendência é de que o comércio eletrônico faça parte da rotina de consumo dos brasileiros.
Com 1,73 bilhão de acessos em julho, o e-commerce nacional cresceu 4,58% em comparação com o mês anterior, de acordo com dados do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, produzido e divulgado mensalmente pela agência Conversion, líder em SEO no país.
Setor de turismo contribuiu para indústria de e-commerce
Apesar do grande crescimento do e-commerce ao longo dos últimos anos, alguns setores estiveram em queda por muitos períodos durante a pandemia. Um exemplo é o setor de turismo, que foi impactado pela diminuição das vendas, viagens canceladas ou adiadas sem uma previsão definitiva. Contudo, no Relatório Setores do E-commerce no Brasil deste mês, é possível notar importantes sinais da retomada do setor, sendo o principal responsável pelo aumento de acessos no mês.
O setor cresceu sozinho 18,61%, impulsionando toda a indústria de e-commerce e trazendo perspectivas um pouco mais precisas da movimentação econômica e de interesse da população em retornar os hábitos de viagens, por exemplo. O player líder da categoria é o Booking.com, seguido do Hurb e 123 Milhas.
Na sequência, temos o setor de Esportes (17,75%), com os maiores sites sendo Netshoes, Centauro e Nike, seguido por Importados (9,22%) – que permanece em crescimento graças ao boom das plataformas asiáticas, sendo AliExpress e Shopee os dois principais sites da categoria, seguido da Amazon. Confira o ranking dos setores com maior crescimento abaixo:
Retomada do turismo deve se intensificar ainda no segundo semestre de 2021
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que o setor de turismo sofreu uma queda de 36,6% em 2020, mas a perspectiva de recuperação é positiva para os próximos meses de 2021 e em 2022 também. Para Diego Ivo, fundador da Conversion, as buscas dos usuários na internet refletem uma possível tendência para o segundo semestre de 2021. “Com a pandemia, os brasileiros mudaram muitos hábitos e comportamentos, mas o desejo de viajar permanece. Por isso, com a vacinação acontecendo em todas as cidades do país, é possível prever uma retomada do turismo de forma positiva, recuperando-se economicamente das baixas do ano passado”, afirma Ivo.
Logo, esse crescimento do turismo já no primeiro mês do segundo semestre de 2021 mostra que, com o avanço no ritmo da imunização e, consequentemente, a diminuição dos casos de covid-19 no país, os hábitos de viagens dos brasileiros tendem a voltar como antes ou até mais impulsionado. De acordo com pesquisa realizada em âmbito nacional e disponibilizada no relatório da Conversion, após a pandemia/e ou vacinação, 91% dos entrevistados pretendem fazer alguma viagem a turismo, reforçando a expectativa para o setor.
O estudo destacou também que 78% dos brasileiros pretendem viajar de avião após tomarem a segunda dose da vacina ou completar a imunização. Ainda, 31% dos entrevistados afirmam que irão viajar mais do que antes da pandemia, quando for possível.
Para Guilherme Paulus, sócio-fundador da CVC, o turismo regional ganhou força no último ano, principalmente por conta da pandemia de Covid-19, essa tendência pode continuar mesmo após a normalização do turismo brasileiro. “Cabe a nós que trabalhamos com turismo e hotelaria, trabalharmos fortemente na retomada de novas possibilidades de destinos”, disse.