No jogo da concorrência vale tudo, por mais que se procure preservar as aparências.
Assim, e diante de todas as empresas do território da aviação comercial absolutamente debilitadas, em maiores ou menores proporções, muitas passam os dias esperando por um milagre, outras em busca de uma tábua de salvação, e outras acreditando que poucas sobreviverão, e, assim, nada melhor que converter-se num problema/desafio maior, comprando empresas debilitadas.
E aí a LATAM mergulhou em recuperação judicial nos ESTADOS UNIDOS, e, imediatamente, a AZUL decidiu partir para o ataque, dispondo-se, publicamente, a comprar a operação da LATAM no Brasil.
E a LATAM engoliu essa manifestação pública durante dois meses, mas, e cansada de uma espécie de “bullying corporativo”, veio a público, através de seu presidente da LATAM BRASIL, JEROME CADIER, para manifestar a posição de sua empresa.
Disse CADIER, “As provocações ou ofertas da AZUL estão fora de qualquer consideração. A AZUL faz isso porque morre de medo da concorrência…”.
E procurou dirigir a opinião pública contra a AZUL, “A AZUL defende o monopólio, e isso é um absurdo. O que quer mesmo é aumentar as tarifas, e para isso precisaria diminuir a concorrência. Isso é bom para os acionistas da AZUL e péssimo para os passageiros, os que compram os bilhetes…”.
A verdade verdadeira de toda essa questão é que estamos testemunhando blefes e contrablefes de rotos e esfarrapados.
Empresas, como todas as demais, destruídas pela pandemia, e na busca de alguma tábua de salvação para uma derradeira tentativa de sobrevivência.
A propósito, e em meio a maior crise da aviação comercial dos últimos 50 anos, no dia 2 de maio de 2020, absolutamente consciente da devastação que se abateria sobre as empresas aéreas em todo o mundo, o mais respeitado dentre os gestores de investimentos do ocidente deu a ordem: VENDAM TODAS AS AÇÕES DE AÉREAS DA CARTEIRA DA BERKSHIRE HATAWAY.
Naquele momento, WARREN BUFFETT, declarou, “Decidi vendermos todas as ações que possuíamos das quatro empresas aéreas”.
Depois de anunciar um prejuízo histórico de US$49,7 bilhões, declarou:
“Durante anos evitei investir em empresas aéreas. Em 2016, não resisti e investi um bom dinheiro de nossos investidores em quatro empresas aéreas. ERREI FEIO. Não deveria ter investido nem na AMERICAN, DELTA, UNITED, SOUTHWEST e em nenhuma empresa aérea. É um risco gigantesco e desproporcional…”.
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Esse conteúdo é parte da síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.
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